A Criação - Uma Arte ou Pura Sorte?
A maioria responderia 'pura sorte', outros diriam que é preciso 'line breeding'. Alguns até poderiam concordar que o que se deve utilizar continuamente os melhores animais, mas a maior parte concordaria que a criação complementar é um fator importante. Pela simples razão que se não utilizarmos um cão com as virtudes em falta na nossa cadela, ou de tipo complementar, não temos hipótese de corrigir o problema.
Os criadores dir-lhe-ão que já tentaram tudo; desde o line breeding ao uso dos animais de topo, até à criação complementar, mas que os resultados parecem que continuam nas mãos de Deus. Ainda mais; já alguma vez encontrou um criador que lhe dissesse como é que os cachorros serão de um cruzamento planeado, para além de "esperamos produzir bons cachorros"? Certamente não os ouvirá a afirmar que este cruzamento produzirá cães grandes e potentes com um ótimo movimento.
Depois existe o cenário em que um grande exemplar, cão ou cadela, simplesmente não consegue reproduzir as suas virtudes na ninhada. Porque será? Má seleção de cruzamentos da parte do criador? Ou simplesmente pouca sorte? E o que dizer do exemplar fraco ou medíocre que produz "aquele" cão espetacular?! Com certeza que a criação não pode ser assim tão difícil e frustrante. Estamos nos anos 90, em que podemos reproduzir animais a partir de uma amostra de ADN, enviar informação para todo o mundo em minutos, etc.
Suponho que se a criação fosse fácil, qualquer um o faria e, simplesmente, não seria divertido se todos nós conseguíssemos produzir grandes campeões.
Cada criador terá a sua teoria sobre como criar. Contudo, gostaria de estimular alguma reflexão entre nós desafiando o modo como pensamos. Por exemplo:
1. É a criação complementar a melhor forma de criar? Com isto quero dizer - Se a vossa cadela tem falta de downface ou osso, deverão usar um cão com essas virtudes para corrigir a falta? Para mim a resposta é NÃO! Por cada cruzamento em que tal corrigiu a falta eu mostrar-vos-ei 20 onde não o fez. Mostrar-vo-eis igualmente cruzamentos em que nenhum dos progenitores possuía a virtude, mas a reproduziram em mais de 50% da descendência. Se estiverem em desacordo comigo, façam a vós próprios a seguinte pergunta: se tiverem uma cadela pequena, leve em osso, e utilizarem um cão pesado, com grande osso, tamanho e substância - esperam que as cadelas produzidas desse cruzamento possuam o mesmo osso, tamanho e substância do pai? Seguramente que não - ou em breve teremos todas as nossas cadelas do mesmo tamanho que os nossos machos. Em segundo lugar, com que frequência é que vemos um cão que produz grandes fêmeas mas não consegue produzir bons machos? Isto diz-me algo. A criação complementar, por si só, é apenas o primeiro passo para uma criação bem sucedida e esta é a realidade; também necessitamos de ter em consideração os traços próprios do gênero masculino e feminino. Por outras palavras, necessitamos de planear os nossos cruzamentos para produzir bons cães ou cadelas ou ambos, se a seleção do macho e da fêmea o permitirem.
2. Porque é que os criadores hoje em dia não falam em TIPO? Tais como Bull, Terrier, Dálmata ou Intermédio. Sim, eu sei que só existe um tipo correto. Contudo ainda é possível ver-se todos os tipos e combinações de tipos por todo o lado. Aliás, e então os recém-chegados à raça?! Se eles não aprenderem e compreenderem o tipo, como podemos alguma vez esperar que criem com sucesso? Uma vez que é a criação de tipo complementares que corrige as faltas e nos encaminha para o animal equilibrado. Poder-me-ão argumentar que, no estrangeiro, não se fala já de tipos. Isto até pode ser verdade, contudo temos que considerar que o maior período de desenvolvimento da raça em todo o mundo foi durante a era Oppenheimer quanto os vários tipos não só eram reconhecidos como também defendidos. Terá a Europa andado em saltos para a frente desde o Silver Convention, ou será que vemos TIPOS de cães similares a ele agora na Europa? Terão os Bullies dos EUA e Canadá falta da potência e da substância dos seus parentes Ingleses, e vice-versa, faltará aos cães Ingleses a qualidade e acabamentos dos cães americanos? Talvez seja altura de (re)lermos o McGuffin&Co. e o After Bar Sinister novamente e ver como é que o progresso da raça realmente se processou.
3. O line breeding é a chave do sucesso. Bom, eu já ouvi criadores dizerem que devemos manter-nos numa linha, e ouvi outros afirmar que deveremos optar pelo line breeding a um cão ou cadela específicos de qualidade extraordinária. Os traços de família são importantes, uma vez que permite uma certa previsibilidade. Contudo, eu acredito que é tão importante criar a partir dos melhores animais como o é fazer line breeding. Se um cão em particular é aquilo que procura, use-o. Criar animais cada vez melhores deve ser o primeiro objetivo. O line breeding a um cão específico ou a uma família de cães para manter a previsibilidade, é obviamente preferível, contudo, não faz sentido continuar o line breeding se não se está a progredir ou a produzir animais de topo com que continuar, ou numa linha que produza más cabeças ou movimento, etc. Pessoalmente acredito que os cães mais importantes na nossa criação são o pai e a mãe que escolhemos, e igualmente importantes os seus pais.
Agora que - espero - vos coloquei a pensar no assunto, consideremos a criação complementar, mas com uma diferença. Em vez de procurarmos a complementariedade do cão com a cadela, tentemos complementar as cadelas desse cruzamento. O mesmo para os cães. Ao fazermos isso estaremos a tentar criar bons cães e boas cadelas em vez de bons Bull Terriers. Melhoremos e aprofundemos a nossa capacidade de seleção estudando cruzamentos passados e comparando os resultados. Olhemos para as opções de outras pessoas e tentemos prever os resultados. Deixem-me explicar o processo. Digamos que eu estou a tentar produzir boas e melhores cadelas que aquela que eu planeio cruzar. Primeiro estudo a cadela, anotando as suas virtudes e defeitos. Faço o mesmo para a mãe dessa cadela. Procuro então um cão que tenha uma mãe que complemente a minha cadela. Posso esperar que as cadelas resultantes desse cruzamento que planeio fazer sejam semelhantes a uma das três cadelas consideradas ou uma combinação das três. Quanto mais eu conseguir incluir numa virtude específica, maior será a minha probabilidade de produzir essa virtude nas fêmeas. Por exemplo, se a minha cadela, a sua mãe e a mãe do cão com que a vou cruzar todas elas possuírem grandes cabeças, então posso esperar fêmeas com grandes cabeças - ainda que o pai da ninhada não possua ele próprio uma grande cabeça. Mas atenção na vossa seleção e compreendam que algumas virtudes não têm uma ligação com o sexo, tal como boas ou más bocas.
O mesmo se aplica a criar bons cães. Vejam o pai da vossa cadela e então tentem encontrar um cão que não só o complemente, mas cujo o pai também possua as virtudes que procuram. Nunca encontrarão o par perfeito - em particular se estiver a tentar criar bons cães e boas cadelas, uma vez que temos sempre que fazer compromissos na nossa seleção. Contudo permite-nos uma maior previsibilidade sobre a ninhada e também nós dá uma perspectiva acrescida da importância da seleção e do tipo na criação. Uma vez que o cão que utilizarmos hoje irá influenciar as nossas futuras ninhadas bem como as nossas seleções.
A chave para o nosso sucesso será o processo de seleção, pelo que é importante estudar cruzamentos anteriores e a prole que produziram. Isto permitirá que ganhemos sensibilidade ao processo de seleção e de previsibilidade.
Escolher os cachorros também se tornará mais fácil. Recentemente tive uma cadela numa ninhada de 5 machos. O cães sobrepunham-se completamente à cadela, ao ponto de todos aqueles que a viram não desperdiçavam um olhar mais atento. A cabeça era plana, comparativamente aos machos e era mais pequena. A sua mãe possuía uma grande cabeça assim como a mãe do seu pai, e todas as cadelas revistas no processo de seleção eram todas muito boas no geral. Desnecessário será dizer - na sua primeira exposição fez BIS em cachorros. Para aqueles que se mantêm cépticos, pensem em cães que vocês conhecem, quem produziu cadelas boas ou excelentes ninhada após ninhada - mas raramente produziu bons cães. Agora pensem nos pais e provavelmente descobrirão que este facto é sublinhado simplesmente por ele ter uma mãe de excelente qualidade e um pai medíocre.
Demasiadas vezes vejo seleções de cruzamentos, em que o criador escolheu um cão porque este tinha uma grande cabeça. Quando vejo o cruzamento planeado, verifico que a cadela a ser utilizada, não possuí grande cabeça (provavelmente a razão para a cruza), e além disso, ambos os pais de ambos os cães possuem cabeças medíocres. Isto significa na realidade que o criador tem esperanças que a cabeça do cão seja tão dominante que se sobreponha nos cachorros. Não teria sido melhor selecionar um cão que possuísse uma grande cabeça e cujo pai também possuísse uma grande cabeça?
Recordemo-nos que a seleção é crítica e aprendamos a prever o resultado. Se estamos a fazer line breeding, ou se o cruzamento é um outcross também irá afetar os resultados. Um line breeding remoto ou um outcross geralmente produzirá uma maior variação na prole, enquanto que um line breeding apertado ou um inbreeding, pode resultar em virtudes ou faltas de um parente distante no pedigree, aparecerem nessa prole.
Para aqueles que se aventuraram nesta forma de criação seletiva - Boa sorte!
Fonte: http://bovisromani-bullterrier.blogspot.com.br/2007/01/maioria-responderia-pura-sorte-outros.html
BOVISROMANI - Bull Terrier
Os criadores dir-lhe-ão que já tentaram tudo; desde o line breeding ao uso dos animais de topo, até à criação complementar, mas que os resultados parecem que continuam nas mãos de Deus. Ainda mais; já alguma vez encontrou um criador que lhe dissesse como é que os cachorros serão de um cruzamento planeado, para além de "esperamos produzir bons cachorros"? Certamente não os ouvirá a afirmar que este cruzamento produzirá cães grandes e potentes com um ótimo movimento.
Depois existe o cenário em que um grande exemplar, cão ou cadela, simplesmente não consegue reproduzir as suas virtudes na ninhada. Porque será? Má seleção de cruzamentos da parte do criador? Ou simplesmente pouca sorte? E o que dizer do exemplar fraco ou medíocre que produz "aquele" cão espetacular?! Com certeza que a criação não pode ser assim tão difícil e frustrante. Estamos nos anos 90, em que podemos reproduzir animais a partir de uma amostra de ADN, enviar informação para todo o mundo em minutos, etc.
Suponho que se a criação fosse fácil, qualquer um o faria e, simplesmente, não seria divertido se todos nós conseguíssemos produzir grandes campeões.
Cada criador terá a sua teoria sobre como criar. Contudo, gostaria de estimular alguma reflexão entre nós desafiando o modo como pensamos. Por exemplo:
1. É a criação complementar a melhor forma de criar? Com isto quero dizer - Se a vossa cadela tem falta de downface ou osso, deverão usar um cão com essas virtudes para corrigir a falta? Para mim a resposta é NÃO! Por cada cruzamento em que tal corrigiu a falta eu mostrar-vos-ei 20 onde não o fez. Mostrar-vo-eis igualmente cruzamentos em que nenhum dos progenitores possuía a virtude, mas a reproduziram em mais de 50% da descendência. Se estiverem em desacordo comigo, façam a vós próprios a seguinte pergunta: se tiverem uma cadela pequena, leve em osso, e utilizarem um cão pesado, com grande osso, tamanho e substância - esperam que as cadelas produzidas desse cruzamento possuam o mesmo osso, tamanho e substância do pai? Seguramente que não - ou em breve teremos todas as nossas cadelas do mesmo tamanho que os nossos machos. Em segundo lugar, com que frequência é que vemos um cão que produz grandes fêmeas mas não consegue produzir bons machos? Isto diz-me algo. A criação complementar, por si só, é apenas o primeiro passo para uma criação bem sucedida e esta é a realidade; também necessitamos de ter em consideração os traços próprios do gênero masculino e feminino. Por outras palavras, necessitamos de planear os nossos cruzamentos para produzir bons cães ou cadelas ou ambos, se a seleção do macho e da fêmea o permitirem.
2. Porque é que os criadores hoje em dia não falam em TIPO? Tais como Bull, Terrier, Dálmata ou Intermédio. Sim, eu sei que só existe um tipo correto. Contudo ainda é possível ver-se todos os tipos e combinações de tipos por todo o lado. Aliás, e então os recém-chegados à raça?! Se eles não aprenderem e compreenderem o tipo, como podemos alguma vez esperar que criem com sucesso? Uma vez que é a criação de tipo complementares que corrige as faltas e nos encaminha para o animal equilibrado. Poder-me-ão argumentar que, no estrangeiro, não se fala já de tipos. Isto até pode ser verdade, contudo temos que considerar que o maior período de desenvolvimento da raça em todo o mundo foi durante a era Oppenheimer quanto os vários tipos não só eram reconhecidos como também defendidos. Terá a Europa andado em saltos para a frente desde o Silver Convention, ou será que vemos TIPOS de cães similares a ele agora na Europa? Terão os Bullies dos EUA e Canadá falta da potência e da substância dos seus parentes Ingleses, e vice-versa, faltará aos cães Ingleses a qualidade e acabamentos dos cães americanos? Talvez seja altura de (re)lermos o McGuffin&Co. e o After Bar Sinister novamente e ver como é que o progresso da raça realmente se processou.
3. O line breeding é a chave do sucesso. Bom, eu já ouvi criadores dizerem que devemos manter-nos numa linha, e ouvi outros afirmar que deveremos optar pelo line breeding a um cão ou cadela específicos de qualidade extraordinária. Os traços de família são importantes, uma vez que permite uma certa previsibilidade. Contudo, eu acredito que é tão importante criar a partir dos melhores animais como o é fazer line breeding. Se um cão em particular é aquilo que procura, use-o. Criar animais cada vez melhores deve ser o primeiro objetivo. O line breeding a um cão específico ou a uma família de cães para manter a previsibilidade, é obviamente preferível, contudo, não faz sentido continuar o line breeding se não se está a progredir ou a produzir animais de topo com que continuar, ou numa linha que produza más cabeças ou movimento, etc. Pessoalmente acredito que os cães mais importantes na nossa criação são o pai e a mãe que escolhemos, e igualmente importantes os seus pais.
Agora que - espero - vos coloquei a pensar no assunto, consideremos a criação complementar, mas com uma diferença. Em vez de procurarmos a complementariedade do cão com a cadela, tentemos complementar as cadelas desse cruzamento. O mesmo para os cães. Ao fazermos isso estaremos a tentar criar bons cães e boas cadelas em vez de bons Bull Terriers. Melhoremos e aprofundemos a nossa capacidade de seleção estudando cruzamentos passados e comparando os resultados. Olhemos para as opções de outras pessoas e tentemos prever os resultados. Deixem-me explicar o processo. Digamos que eu estou a tentar produzir boas e melhores cadelas que aquela que eu planeio cruzar. Primeiro estudo a cadela, anotando as suas virtudes e defeitos. Faço o mesmo para a mãe dessa cadela. Procuro então um cão que tenha uma mãe que complemente a minha cadela. Posso esperar que as cadelas resultantes desse cruzamento que planeio fazer sejam semelhantes a uma das três cadelas consideradas ou uma combinação das três. Quanto mais eu conseguir incluir numa virtude específica, maior será a minha probabilidade de produzir essa virtude nas fêmeas. Por exemplo, se a minha cadela, a sua mãe e a mãe do cão com que a vou cruzar todas elas possuírem grandes cabeças, então posso esperar fêmeas com grandes cabeças - ainda que o pai da ninhada não possua ele próprio uma grande cabeça. Mas atenção na vossa seleção e compreendam que algumas virtudes não têm uma ligação com o sexo, tal como boas ou más bocas.
O mesmo se aplica a criar bons cães. Vejam o pai da vossa cadela e então tentem encontrar um cão que não só o complemente, mas cujo o pai também possua as virtudes que procuram. Nunca encontrarão o par perfeito - em particular se estiver a tentar criar bons cães e boas cadelas, uma vez que temos sempre que fazer compromissos na nossa seleção. Contudo permite-nos uma maior previsibilidade sobre a ninhada e também nós dá uma perspectiva acrescida da importância da seleção e do tipo na criação. Uma vez que o cão que utilizarmos hoje irá influenciar as nossas futuras ninhadas bem como as nossas seleções.
A chave para o nosso sucesso será o processo de seleção, pelo que é importante estudar cruzamentos anteriores e a prole que produziram. Isto permitirá que ganhemos sensibilidade ao processo de seleção e de previsibilidade.
Escolher os cachorros também se tornará mais fácil. Recentemente tive uma cadela numa ninhada de 5 machos. O cães sobrepunham-se completamente à cadela, ao ponto de todos aqueles que a viram não desperdiçavam um olhar mais atento. A cabeça era plana, comparativamente aos machos e era mais pequena. A sua mãe possuía uma grande cabeça assim como a mãe do seu pai, e todas as cadelas revistas no processo de seleção eram todas muito boas no geral. Desnecessário será dizer - na sua primeira exposição fez BIS em cachorros. Para aqueles que se mantêm cépticos, pensem em cães que vocês conhecem, quem produziu cadelas boas ou excelentes ninhada após ninhada - mas raramente produziu bons cães. Agora pensem nos pais e provavelmente descobrirão que este facto é sublinhado simplesmente por ele ter uma mãe de excelente qualidade e um pai medíocre.
Demasiadas vezes vejo seleções de cruzamentos, em que o criador escolheu um cão porque este tinha uma grande cabeça. Quando vejo o cruzamento planeado, verifico que a cadela a ser utilizada, não possuí grande cabeça (provavelmente a razão para a cruza), e além disso, ambos os pais de ambos os cães possuem cabeças medíocres. Isto significa na realidade que o criador tem esperanças que a cabeça do cão seja tão dominante que se sobreponha nos cachorros. Não teria sido melhor selecionar um cão que possuísse uma grande cabeça e cujo pai também possuísse uma grande cabeça?
Recordemo-nos que a seleção é crítica e aprendamos a prever o resultado. Se estamos a fazer line breeding, ou se o cruzamento é um outcross também irá afetar os resultados. Um line breeding remoto ou um outcross geralmente produzirá uma maior variação na prole, enquanto que um line breeding apertado ou um inbreeding, pode resultar em virtudes ou faltas de um parente distante no pedigree, aparecerem nessa prole.
Para aqueles que se aventuraram nesta forma de criação seletiva - Boa sorte!
Fonte: http://bovisromani-bullterrier.blogspot.com.br/2007/01/maioria-responderia-pura-sorte-outros.html
BOVISROMANI - Bull Terrier
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