Aranha Marrom

   Como a taxa de acidentes de cães picados por aranha marrom vem crescendo absurdamente, resolvi postar uma matéria falando sobre ela, para que todos possam tomar o máximo de cuidado com seu Bull 
   A picada dessa aranha pode levar à amputação de membros ou até mesmo à óbito.





Loxósceles Heineken & Lowe, 1832 é um gênero de aracnídeos venenosos pertencentes à família Sicariidae, conhecidos pela sua picada necrosante.[1] Os membros deste gêneros são conhecidos pelos nomes comuns de aranhas-marrom (Brasil) ou aranhas-violino (Portugal).

 
Descrição:

As espécies do gênero Loxósceles têm um comprimento total de 3 a 4 cm, sendo que um terço é o corpo, de coloração tipicamente acastanhada. Apresentam seis olhos, de cor esbranquiçada. Algumas apresentam o desenho de uma estrela no cefalotórax. As teias são irregulares, tendo como característica a peregrinação noturna e a alta atividade no verão. Durante o dia permanecem escondidas sob cascas de árvores e folhas secas de palmeira - na natureza - ou atrás de móveis, em sótãos porões e garagens - no ambiente doméstico.

A aranha marrom é um aracnídeo que possui três pares de olhos, o corpo marrom-avermelhado e é venenoso .

Forma e consequência dos ataques:

São aranhas pouco agressivas, dificilmente atacam pessoas. As picadas ocorrem como forma de defesa, quando macho ou fêmea (ambos peçonhentos) são comprimidos contra o corpo, durante o sono, no momento do uso das vestimentas (calçando um sapato, por exemplo) ou no manuseio de objetos de trabalho (como enxadas e pás guardadas em locais escuros).

No ato da picada há pouca ou nenhuma dor e a marca é praticamente imperceptível. Depois de 12 a 14 horas ocorre um inchaço acompanhado de vermelhidão na região (edema e eritema, respectivamente), que pode ou não coçar. Também pode ocorrer escurecimento da urina e febre. Os dois quadros distintos conhecidos são o loxoscelismo cutâneo (o que normalmente ocorre, onde há a picada na pele) e o cutâneo-visceral (com lesão cutânea associada a uma hemólise intravascular).

Com o avanço (sem tratamento) da picada, o veneno (dependendo da quantidade inoculada) pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e, em alguns casos, morte. Somente foram detectados casos de morte - cerca de 1,5% do total - nos incidentes com L. laeta e L. intermédia.


Tratamento:

Logo após a picada é indicado lavar o local com água e sabão abundantes e não fazer torniquetes, para evitar a gangrena do veneno e minimizar os efeitos da necrose. É interessante que a região da picada fique em repouso, dificultando a absorção do veneno. Não convém furar, cortar, queimar ou espremer. Também não é indicado fazer sucção no local da ferida nem aplicar extratos naturais. Não se recomenda a ingestão de bebidas alcoólicas. O procedimento padrão é levar a vítima ao serviço de saúde próximo o mais rápido possível, levando a aranha (morta ou viva) para identificação de espécie e confirmação da necessidade de soro. Vale lembrar que tais procedimentos servem para qualquer ataque de animal peçonhento.

O soro utilizado para combater a picada desta aranha é composto de Anti-histamínico / anticolinesterásico/dapsona e 5 ampolas de soro intra-aracnoideo polivalente ou soro anti loxósceles EV, que deverá ser ministrado ao paciente até 36 horas depois do acidente com a aranha.


Combate:

O predador natural da aranha-marrom (Loxósceles sp.) é a lagartixa (Hemidactylus mabouia). Contudo, ela sozinha não é capaz de exterminá-las.

A região sul do Brasil (Paraná principalmente) tem sofrido com o ataque destas aranhas, cerca de 3000 acidentes somente em 2004. Um relatório de um Instituto de Saúde de Minas Gerais, mostra que foram encontradas aranhas-marrons do gênero Loxósceles em algumas casas da Grande Belo Horizonte, onde esta aranha estaria extinta desde 1917, e teoricamente somente existiria em cavernas.

O aumento da urbanização juntamente com o da população, proporcionou novos locais para as aranhas crescerem e se reproduzirem, consequentemente aumentando os encontros com humanos.

Como evitar ocorrências

Limpe com frequência atrás de móveis como armários, cabeceiras de camas,embaixo de pias de banheiro, baús, cômodas e quadros.
Bata as roupas antes de vesti-las, principalmente os sapatos.
Evite entrar em cavernas, casas abandonadas, depósitos, etc.
É importante lembrar que a fêmea normalmente possui o abdomem aproximadamente 2x maior que o macho.

No caso de alguma ocorrência:

Não toque diretamente na aranha. Tente pegá-la com luvas ou papeis grossos.
Isole o local com um pano escuro e grosso.
Evite matar a aranha. Chame os bombeiros ou o Centro de Controle de Zoonoses mais próximo de sua casa. Tentar matá-la pode ocasionar em um ataque acidental.

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